D. Manuel Felício pede coragem para pôr em causa lei do aborto

Bispo da Guarda crítica legislação que não promove a família e equipara-a a “supostos modelos” similares. O bispo da Guarda afirmou que a sociedade portuguesa tem de ter a «coragem» para repensar e pôr em causa a lei do aborto. «Se nós, portugueses, queremos ser, de verdade, cidadãos sérios e responsáveis pela sustentabilidade da sociedade […]

Bispo da Guarda crítica legislação que não promove a família e equipara-a a “supostos modelos” similares.
O bispo da Guarda afirmou que a sociedade portuguesa tem de ter a «coragem» para repensar e pôr em causa a lei do aborto. «Se nós, portugueses, queremos ser, de verdade, cidadãos sérios e responsáveis pela sustentabilidade da sociedade que nos está confiada, temos de assumir a coragem de pôr em causa esta lei e procurar caminhos novos de acolhimento às crianças, que são, de facto, o nosso futuro», afirmou D. Manuel Felício esta terça-feira, na homilia na solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus. A taxa de natalidade portuguesa é «aflitiva», constituindo o «grande factor de desequilíbrio que mais nos afeta» sustenta o bispo, que preconiza a necessidade de se promover a família. «Temos de ter também a coragem de promover as nossas famílias e dar-lhes condições, para exercerem com dignidade o seu estatuto de serviço à sociedade», refere na homilia que assinala também o Dia Mundial da Paz, instituído em 1967 pelo Papa Paulo VI. Para o prelado, os portugueses devem «questionar» a legislação familiar, pois «não há direito de querer confundir as autênticas famílias organizadas num matrimónio estável, feitas de marido e esposa, pais e filhos, com outros supostos modelos de família que não passam de uniões de facto». D. Manuel Felício dirige ainda uma palavra aos decisores políticos para que se «empenhem em criar condições para que todos possam trabalhar», mesmo sem a oferta dos empregos tradicionais. Nas zonas de interior, «já bastante desertificadas», continuam a existir «potencialidades próprias, capazes de produzir bens que outros meios não produzem» e que com «imaginação e criatividade» podem ajudar a «abrir caminhos novos do desenvolvimento e da economia».

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