Centro documental em Idanha-a-Nova disponibiliza mais de 11 mil obras temáticas

O Centro Documental Raiano (CDR) vai disponibilizar mais de 11 mil livros, 230 coleções de revistas e milhares de documentos classificados em mais de 600 temáticas relacionadas com medicinas naturais e agricultura biológica.

A vila de Idanha-a-Nova inaugura no dia 22 um centro de documentação que vai estar ao serviço da agricultura biológica e das medicinas naturais, e que resulta do trabalho e da carreira profissional de mais de 30 anos do cientista francês Jean Claude Rodet.

“Trata-se de uma mais-valia significativa para a nossa estratégia e aposta em Idanha-a-Nova em investir na economia verde e na produção alimentar biológica e biodinâmica. O Jean Claude e a Francine [esposa] saíram do Canadá e escolheram há cerca de dois anos Idanha-a-Nova para viver”, disse hoje à agência Lusa o presidente do município local, Armindo Jacinto.

O autarca explicou que a Câmara estabeleceu um protocolo com este cientista de renome internacional que escolheu Idanha-a-Nova para viver para a instalação do CDR, um espaço que vai ser inaugurado pelo ministro do Ambiente, José Pedro Matos Fernandes.

“O casal [Jean Claude e Francine] quer também contribuir para o desenvolvimento sustentado que Idanha-a-Nova que implementar, sobretudo, ao nível da economia verde. Esta [cedência de documentação] é um contributo que dão para as gerações futuras, não só de Idanha, como do país e do mundo”, frisou.

O CDR, centro de recursos ambientais e alternativos de Idanha-a-Nova, vai contar com um espaço 250 metros quadrados, contendo cerca de 11 mil volumes, 230 coleções de revistas e mais de 600 dossiês temáticos, com estudos sobre matérias concretas abordando todos os aspetos da ecologia e da saúde natural, incluindo áudio e vídeo.

Todo este acervo, que esteve durante mais de 25 anos ao serviço dos estudantes do Instituto de Saúde Natural Fleury-Rodet (ISNFR) de Montreal (Canadá), que foi dirigido por Jean Claude Rodet até 2010, vai passar a estar disponível em Idanha-a-Nova.

Dos vários temas que ali são disponibilizados, cerca de 18% dizem respeito à agricultura, agronomia e agrobiologia; 05% à pecuária e zootécnica; 10% à botânica e fitoterapias; 29% à alimentação, nutrição, dietas e cozinha-bio; 30% à saúde natural e 05% à ecologia e ciências e técnicas do ambiente, entre outros.

As obras foram catalogadas e parcialmente informatizadas em ficheiro “FileMaker Pro” por um documentalista profissional, sendo que o trabalho vai ser continuado em Idanha-a-Nova.

As obras, algumas das quais livros raros e classificados, estão em língua francesa (60 %), inglês (25%), português (12%) e cerca de três por cento em outras línguas.


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