Câmara Municipal da Covilhã aprova empréstimo

A câmara municipal da Covilhã vai avançar para a contração de um empréstimo bancário no valor de um milhão de euros com o objetivo de regularizar o funcionamento da tesouraria ao longo do próximo ano.

A proposta foi aprovada por maioria na última reunião pública do executivo mas mereceu o voto contra dos vereadores da CDU e do MAC.

José Pinto, eleito da coligação democrática unitária, mostrou-se surpreendido com esta proposta uma vez que nada foi dito sobre a matéria quando recentemente foi aprovado o orçamento municipal para 2015  “o orçamento para o próximo ano foi aprovado há cerca de duas semanas e esses documentos até mereceram o apoio da quase totalidade do órgão e quando eles foram discutidos não me apercebi que fosse necessário no próximo ano económico recorrer a este empréstimo ainda para mais porque ao nível das despesas correntes quase todas elas foram sendo afetas a receitas específicas”.

Argumentos também usados por Pedro Farromba para votar contra esta proposta “quando há pouco tempo discutimos o orçamento não se percebeu da necessidade desta verba e foi com alguma estranheza que aqui a vi colocada e por isso o meu voto será contra”.

Já o eleito do PSD acabou por se abster na votação. No entanto Joaquim Matias mostra-se preocupado com a situação financeira da autarquia e com a falta de informação os vereadores sobre a real situação financeira da autarquia “nós neste momento não sabemos quando é que a câmara municipal deve e estou preocupado em relação à contracção deste empréstimo uma vez que o cenário macro económico perspetivado para 2015 aponta para uma retração da atividade económica o que pode potenciar desequilíbrios temporários na tesouraria e que importa prevenir e nesse sentido a minha preocupação vai no sentido de este montante de um milhão de euros ter de ser liquidado até final do próximo ano”.

Na resposta o presidente da autarquia refere que o grande objetivo passa por criar uma situação de sustentabilidade para evitar pagamentos em atraso, nomeadamente a fornecedores. Vítor Pereira acrescenta ainda que este empréstimo não vai contribuir para aumentar o valor da dívida “este empréstimo visa regular o pagamento ao longo do próximo ano económico para que não haja atrasos no pagamento de diversas situações, designadamente aos nossos fornecedores; por isso queremos manter a regularidade dos pagamentos de uma forma pontual ao longo do ano e tendo a garantia de que, face à receita que está assegurada, conseguimos efetivamente saldar esse empréstimo até final do próximo ano”.


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