Câmara da Guarda admite criar régie cooperativa para Teatro Municipal

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O presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, admitiu hoje a possibilidade de constituição de uma régie cooperativa para gerir o Teatro Municipal da Guarda (TMG) após a extinção da empresa municipal que atualmente assume essa responsabilidade.

A intenção do autarca foi manifestada durante a reunião da Assembleia Municipal da Guarda que hoje aprovou, por unanimidade, a proposta da autarquia de extinção das duas atuais empresas municipais Culturguarda (que faz a gestão do complexo do Teatro Municipal) e Guarda Cidade Desporto (que gere o complexo das piscinas municipais).

A proposta da autarquia também contempla a internalização dos serviços e dos 63 trabalhadores das duas empresas municipais que vão ser extintas no âmbito da lei sobre o setor empresarial local.

Durante a discussão do tema, o autarca Álvaro Amaro (PSD/CDS-PP) admitiu a possibilidade de, durante o ano de 2015, propor aos agentes culturais e às organizações da cidade a hipótese de ser constituída uma régie cooperativa, “da qual o município fará parte integrante”, para gerir o complexo do TMG.

A possibilidade é assumida para que a Guarda tenha “um programa cultural ainda mais participado, ainda mais divulgado, com uma envolvência maior, e cujo financiamento, naturalmente, funcionará com base em contratos-programa”.

“Acho que é um desafio importante para a sociedade da Guarda e depois veremos qual é o enquadramento legislativo e, naturalmente, a análise que o Tribunal de Contas poderá vir a fazer”, referiu o autarca à agência Lusa, no final da sessão da Assembleia Municipal que durou cerca de seis horas.

Com a ideia de criar uma régie cooperativa, Álvaro Amaro diz que pretende que o TMG “tenha ainda mais utilização, mais uso, mais fruição, por todas as instituições, mas, também, naturalmente, com a envolvência dos agentes culturais de fora”.

“Nós queremos a cultura levada por diante com profissionalismo, mas também temos em conta, como sempre disse, o mundo associativo, em termos culturais, que tem um papel muito importante na nossa economia social”, justificou.

Segundo Álvaro Amaro, a régie cooperativa “é uma forma de organização da sociedade que envolve as entidades que entenderem fazer parte da própria organização cooperativa”.

“Acho que é importante pensarmos numa política cultural ambiciosa, mas participada”, disse o autarca durante a discussão do assunto.

Na reunião de hoje da Assembleia Municipal, presidida por Fernando Carvalho Rodrigues, foi também aprovada, por maioria, a proposta de extinção da Agência para a Promoção da Guarda (APGUR).

A APGUR foi criada em 10 de janeiro de 2007 para dinamizar a revitalização do centro histórico da cidade mais alta do país aos níveis cultural, social, económico e turístico.


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