Bruxelas diz que é urgente reestruturar o Banif

A Comissão Europeia aprovou hoje a intervenção do Estado no Banif, deixando vários reparos sobre o que deve ser o futuro do banco. «A Comissão Europeia autorizou temporariamente, ao abrigo das regras da UE em matéria de auxílios estatais, uma recapitalização no montante total de 1,1 mil milhões de euros, concedida por Portugal ao Banif […]

A Comissão Europeia aprovou hoje a intervenção do Estado no Banif, deixando vários reparos sobre o que deve ser o futuro do banco.
«A Comissão Europeia autorizou temporariamente, ao abrigo das regras da UE em matéria de auxílios estatais, uma recapitalização no montante total de 1,1 mil milhões de euros, concedida por Portugal ao Banif por motivos de estabilidade financeira», lê-se num comunicado publicado no site do Executivo comunitário. O documento deixa vários avisos sobre o que deve ser o futuro do banco liderado por Jorge Tomé e Luís Amado. Numa frase atribuída a Joaquín Alumina, vice-presidente da Comissão, refere-se que «Portugal necessita urgentemente de elaborar um plano de reestruturação aprofundado, reorientando o banco para as suas atividades principais na Madeira e nos Açores e preparando uma significativa redução das suas operações». Esse plano, continua o comunicado, «deve prever uma importante revisão do modelo de negócios do banco, o que implica a adopção de medidas de reestruturação em profundidade, uma considerável redução das atividades e um enfoque geográfico limitado no futuro». A intervenção do Estado no Banif passa pela subscrição de 700 milhões de euros em ações emitidas pelo banco e mais 400 milhões em valores mobiliários híbridos. Bruxelas considera as medidas de recapitalização «bem orientadas» e «limitadas ao mínimo necessário» de forma a não beliscar a concorrência. Na sessão de hoje as ações do Banif seguiam inalteradas nos 0,147 euros.

Conteúdo Recomendado