PJ deteve alegado autor de mais de três dezenas de fogos em Trancoso

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje a detenção de um homem de 55 anos, em Trancoso, suspeito de ter ateado várias dezenas de incêndios florestais, desde o ano de 2013, por “puro incendiarismo”.

O Departamento de Investigação Criminal da PJ da Guarda refere em comunicado hoje divulgado que o detido é o presumível autor de mais de três dezenas de crimes de incêndio florestal, ocorridos pelo menos desde o ano de 2013 até à presente data, com particular incidência nos meses de verão, em diversas localidades do concelho de Trancoso, distrito da Guarda.

Segundo a PJ, o detido, sem quaisquer antecedentes policiais conhecidos, “terá agido sempre num quadro de puro incendiarismo”.

Os incêndios “consumiram vários milhares de hectares de floresta e de terrenos agrícolas, formados por diversas espécies arbóreas e abundante vegetação, provocando elevados danos ecológicos e prejuízos patrimoniais”, acrescenta.

Segundo a PJ, os fogos terão sido “todos iniciados por recurso a artefactos incendiários prefabricados pelo próprio autor”.

A nota explica que, entre os dias 03 e 18 deste mês, o detido terá ateado cinco incêndios “que só não tomaram proporções maiores na medida em que foram prontamente combatidos por diversos populares e bombeiros”.

Um dos incêndios cuja autoria está atribuída ao suspeito assumiu especial gravidade e ocorreu em 21 de agosto de 2013, na localidade de Moreira de Rei, naquele concelho do distrito da Guarda.

No incêndio de Moreira de Rei arderam mais de 1.300 hectares de terreno, formado por pinheiros bravos, carvalhos, castanheiros, freixos, amieiros e nogueiras, seis habitações, 53 casas de arrumos, armazéns, diversos veículos automóveis, máquinas, alfaias agrícolas e vários animais de exploração agropecuária.

“Para além disso, este incêndio causou também a explosão de botijas de gás, tendo ficado gravemente feridos no respetivo combate pelo menos três bombeiros”, indica a fonte.

O homem foi presente a tribunal para primeiro interrogatório judicial e ficou sujeito à medida de coação de prisão preventiva.

No corrente ano, a PJ já identificou e deteve 45 pessoas pela autoria do crime de incêndio florestal.


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