Assembleia Municipal da Guarda aprova orçamento camarário para 2015

A Assembleia Municipal da Guarda aprovou hoje, por maioria, o orçamento camarário para 2015, no valor de 30 milhões de euros, que reduz em oito milhões o valor relativamente ao de este ano.

As Grandes Opções do Plano e o Orçamento do município liderado por Álvaro Amaro (PSD/CDS-PP) foram aprovados com 49 votos a favor (eleitos da coligação PSD/CDS-PP), nove abstenções (de deputados municipais do PS) e 13 votos contra (de nove deputados do PS, dois da CDU e dois do BE).

“Ao contrário de há um ano, agora conhecemos bem melhor as dificuldades que o município da Guarda tem de vencer, sempre com um apelo à participação responsável de todos e de todas as forças políticas”, referiu o presidente da autarquia, Álvaro Amaro, na apresentação dos documentos aos deputados municipais.

No documento que faz a apresentação do orçamento para 2015, o autarca também reconhece tratar-se de “um orçamento realista, de rigor, mas um orçamento de uma autarquia que está num processo de saneamento financeiro”.

Segundo Álvaro Amaro, no orçamento para 2015, no valor global de 30.278.765 euros, o executivo que lidera inicia “um novo ciclo de relacionamento com as juntas de freguesia”, com exceção da junta urbana da Guarda, devido à transferência de competências no âmbito de “um quadro financeiro transparente”.

Referiu que o próximo ano também marcará “uma nova fase de relacionamento” com as escolas do concelho, por estar prevista a execução, entre janeiro e junho, de um Plano Municipal de Educação.

As grandes opções do plano para 2015 pretendem dar continuidade a alguns projetos desenvolvidos durante o ano de 2014, ancorados aos vetores de estímulo e apoio à economia local e de aumento de poder de atração da Guarda, segundo a autarquia.

Durante a discussão do assunto, o deputado do PS, João Pedro Borges, disse que o partido votava contra o orçamento para 2015 porque “não concorda com a estratégia de desenvolvimento para o concelho”, que “assenta na realização de festas”.

“É o orçamento mais baixo dos últimos anos, o que nos leva a supor um decréscimo grande do lado da receita”, disse.

Carlos Canhoto, da bancada da CDU, reconheceu que no documento hoje apresentado e aprovado “há um esforço [da autarquia] por apresentar transparência” e também “algum rigor”.

Já o deputado do BE, Nuno Andrade, mostrou-se apreensivo pela redução de verbas relativamente a este ano.

“É o orçamento possível e exequível”, observou António Júlio (PSD), reconhecendo ser “de estrema importância” o executivo municipal “estagnar a dívida financeira” da autarquia.


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