Quercus quer acabar com caça na Malcata

A associação ambientalista Quercus acaba de entregar uma petição com mais de cinco mil assinaturas onde é exigida a interdição das actividades cinegéticas na reserva natural da Serra da Malcata.

A medida foi aprovada pelo governo no passado mês de fevereiro mas de acordo com Samuel Infante porta voz da Quercus, o regresso da caça a esta área protegida contraria o plano nacional de reintrodução do lince ibérico “a Serra da Malcata não estava nesta fase do plano de reintrodução do lince e felizmente parece que toda esta polémica pelo menos ajudou a dar algum avanço nesse sentido e já houve compromissos por parte do governo em avançar com candidaturas para colocar novamente a Malcata nas áreas de reintrodução. Já foram investidos muitos milhares de euros, nomeadamente em projectos «life», tendo em vista a plantação de novas espécies e na reprodução do coelho mas é preciso inverter as condições que existem actualmente para que haja condições para essa reintrodução”.

O dirigente da Quercus acrescenta que o governo tarda em atender a duas resoluções aprovadas em Maio na assembleia da república em que é recomendado o regresso da proibição da caça na Malcata. Samuel Infante sublinha ainda que as justificações para o levantamento da proibição não são convincentes “o que nos foi dito é que se tratava de um levantamento da proibição a pensar na caça maior mas sem qualquer base científica. No mês de Maio foram votadas duas recomendações na assembleia da república para que o governo retroceda neste processo mas passado este tempo não foi dada qualquer atenção a essas recomendações”.

Samuel Infante refere que esta petição pretende reforçar a actividade já desenvolvida no parlamento pelo PAN e pelo Bloco de Esquerda uma vez que o país não necessita de mais áreas para a actividade cinegética “em mais de 98 por cento do território pode-se caçar e por isso estamos a falar de áreas muito diminutas e em que os animais se podem refugiar. Não faz sentido nenhum poder-se caçar dentro da reserva quando essa actividade pode ser desenvolvida em todo o redor desta área protegida”.

A petição foi entregue ao Presidente da República, ministros da agricultura e do ambiente, ao instituto de conservação da natureza e a todos os partidos com representação parlamentar.


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